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Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Dia do Idoso

outeiroseco, 26.06.07
 

 

 

 

 

Este ano a festa do idoso, organizada pela Autarquia Flaviense, realizou-se no largo do Santuário da Srª da Aparecida, em Calvão.

Os cerca de 40 idosos, acompanhados pelos elementos da Junta de Freguesia de Outeiro Seco, participaram neste encontro, sempre bem dispostos e com todo a atenção e merecido carinho.

Foi um dia diferente, pelo convívio proporcionado, quebrando rotinas e isolamentos.

O regresso fez-se no fim da tarde, com a promessa de se realizar uma excursão a Braga, Viana do Castelo e Vigo, depois do 1º Aniversário da Associação “Mãos Amigas” – dias 13, 14 e 15 de Julho.

 

 

Poldras do Papeiro

outeiroseco, 24.06.07

 

 

Não têm a grandeza das poldras do Caneiro, mas para os outeiros secanos, as nossas poldras do Papeiro, são mais uma jóia do nosso património arquitectónico. Não se sabe a sua idade, mas o facto de estarem colocadas a sessenta ou setenta metros da ponte do Papeiro, dá-nos a ideia que serão mesmo anteriores à construção da ponte.

A existência da ponte muito próxima das poldras esvazia a sua utilização no quotidiano. No passado, os miúdos do bairro, à míngua de outras diversões, brincavam ao equilibrismo fazendo a sua travessia.

Nessas brincadeiras, muitos caíram à água, levando depois reprimendas das mães, ainda que benevolente, porque elas próprias na sua meninice, tinham também passado por essas peripécias.

Sendo um dos belos recantos da aldeia, tem ultimamente perdido alguma qualidade, muito em especial pela desertificação das casas envolventes, mas também, porque o rio tem ganho alguma poluição que outrora não tinha. Esperamos que num futuro breve este espaço possa recuperar a vida que já teve, e o leito do rio recupere a beleza de outrora em especial na primavera em que as flores das algas o transforma num belo tapete florido.

Nuno Santos.

 

O S. Pedro está a chegar...

outeiroseco, 23.06.07

 

 

No dia 29 de Junho dia de São Pedro, havia em Outeiro Seco duas tradições que fruto dos novos tempos se foram perdendo. A primeira, consistia os pais obrigarem os filhos, a levantarem-se antes do sol nascer, para fazer a orvalhada.

 A orvalhada era lavarem-se no rio antes do sol nascer, pois segundo a tradição, ficavam assim imunizados ao nascimento de feridas no corpo.

A segunda tradição era mas mais divertida. Depois da orvalhada iamos ver o S. Pedro armado no tanque.

Durante a noite, os jovens tinham já desviado de algumas casas, vasos de flores, alfaias agrícolas e outros artefactos de lavradores mais descuidados. Com estes objectos, improvisavam no tanque um altar que culminava sempre com um espantalho, no topo simbolizando o São Pedro.

Era engraçado porque as mulheres ao reconhecerem os seus objectos, mostravam aparentemente algum desagrado, mas ao mesmo tempo alguma satisfação, pois ao escolherem as suas flores, era sinal do reconhecimento do seu bom gosto para as lides domésticas. Já os homens reconheciam a arte e a ousadia dos jovens que tinham entrado nas suas casa sem darem sinal.

Se quiserem restaurar a tradição, a fotografia indica uma casa onde há flores bonitas, a proprietária não leva a mal a brincadeira, descubram-na.

Nuno Santos

 

 

 

A nova Ponte

outeiroseco, 22.06.07

 

 

Para os outeiros secanos que nasceram nos finais da década de setenta, esta é a ponte de Outeiro Seco que liga o Eiró ao Pontão. Para os que nasceram anteriormente, esta é a nova ponte. Estão os mais velhos em vantagem, pois puderam conhecer a bela ponte medieval que estava no lugar desta e  que por negligência e erro de avaliação técnico, dos responsáveis autárquicos da época, destruíram uma jóia do nosso património arquitectónico, para dar lugar a esta nova ponte com a mesma funcionalidade e menos beleza.

De Outeiro Seco, das Rigueiras às Mondes, saiu durante mais de vinte anos, a areia utilizada na construção civil em toda a região transmontana. Esta exploração da areia, sendo um bom incremento económico, apenas para os proprietários dos areais, trouxe também muitos impactos negativos para a aldeia, entre outros, a destruição do leito do rio Tâmega, a seca dos poços na nossa veiga e sobretudo, esteve na origem da demolição da antiga ponte medieval e na construção desta nova ponte.

Tudo porque diariamente, dezenas de camiões de elevada tonelagem a atravessavam, e originaram a degradação do seu piso. Os técnicos que na época fizeram a avaliação do seu estado, em vez de optarem por obras de beneficiação, entenderam que a ponte estava em vias de derrocada e por isso, o moderno betão levou a melhor sobre o antigo granito.

Depois deste atentado ao nosso património cultural, a autarquia tem vindo a dar alguma dignidade à zona envolvente da ponte, através de pequenas obras de requalificação. Primeiro nasceu um parque infantil e zona de lazer, agora, é um espelho de água e arranjo das margens, mas a nossa bela e imponente ponte medieval com os dois belos arcos é que jamais atravessaremos senão nas nossas memórias.

Nuno Santos

 

 

Excursionistas no Bom Jesus

outeiroseco, 19.06.07

 

O Sr. Padre João, nos muitos anos que serviu em Outeiro Seco, como pároco, não sendo um grande evangelizador, pois praticamente limitava a sua actividade pastoral, às missas que celebrava ao domingo e durante a semana, tinha porém esta faceta a de organizador de excursões.

Estas excursões nem sempre tinham o carácter de peregrinação, a Fátima ou outros lugares santos, algumas eram de um só dia, ao Vidago e ao Sr. Do Monte.

Os da minha geração, estarão por certo lembrados de uma dessas excursões ao Vidago, onde o Zé Fernando, com a sua reconhecida irreverência, quando se davam vivas às catequistas que nos acompanhavam no autocarro, gritou.

- Viva o Sr. Padre João que é um grande comilão! Os restantes embalados que vinham gritaram em uníssono – Viva.

È obvio que este incidente criou um grande constrangimento nos mais velhos presentes, mas o Zé, irreverente como era não ficou muito incomodado com o facto.

Esta fotografia foi tirada no Bom Jesus, mas esta excursão foi a Guimarães, às festas Gualterianas. Há aqui algumas jovens de Santa Cruz na época pertencente à nossa freguesia, mas o que ressalta à vista desarmada, é a beleza da maioria destas raparigas. Como a fotografia tem já mais de trinta anos, aqui fica o desafio do reconhecimento destas personagens.

Nuno Santos

 

 

O Relógio

outeiroseco, 18.06.07

 

 

 

O relógio é utilizado como medidor do tempo desde a Antiguidade, em variados formatos. A história regista que apareceu na Judeia, mais ou menos em 600 a.C.. O arcebispo de Verona chamado Pacífico, em 850 da nossa era, construiu o primeiro relógio mecânico baseado em engrenagens e pesos. Embora exista controvérsia sobre a construção do primeiro relógio mecânico, o papa Silvestre II é considerado o seu inventor.

Talvez por ter sido um papa o seu inventor, é raro ver uma torre de igreja que não tenha o seu relógio. Alguns deles são peças artísticas de grande valor cultural e turístico, como o da praça velha de Praga, na República Checa que já tive o prazer de visitar.

Outeiro Seco também tem o seu relógio que fruto dos tempos modernos tem ainda outras funcionalidades como; o toque do sino para chamamento dos fieis para a missa dominical, o toque das santíssimas trindades, o toque de sinais ou dobrados, o toque dos baptizados ou ainda, anunciando a passagem da procissão da Sra. da Azinheira.

Se para a generalidade dos outeiro secanos o relógio, é um bem patrimonial do qual muito se orgulham, até porque contribuíram generosamente para a sua aquisição, temos agora um novo residente, que evocando a poluição sonora que o relógio provoca, tudo tem feito para o silenciar.

Apesar das centenas de quilómetros de distância a que me encontro, sempre que pelo telefone ouço o som do relógio, sinto uma enorme nostalgia, mas ao mesmo tempo, um sentimento de proximidade à minha terra. No que depender de mim o relógio da torre da igreja, jamais se calará.

Nuno Santos

 

 

 

O 1º voo das cegonhas

outeiroseco, 06.06.07

 

Este ninho de cegonhas foi construído, pelos senhores da EDP, e situa-se em frente ao S. Bernardino II, logo a seguir à entrada na freguesia de Outeiro Seco. É que inicialmente fizeram o seu ninho num poste de alta tensão que punha em risco a electrificação da zona, devido a um possível curto circuito – “apagão”.

Este casal teve 2 filhotes, que agora exercitam as asas para fazer o 1º voo. Oxalá tenham sucesso na sua 1ª aventura e sejam ágeis a escapar a algum predador, incluindo mesmo o ser humano.

O tio Ulisses construiu um ninho na sua quinta do Roncal. Este ano foi sobrevoado por um casal de cegonhas que ainda tentou apropriar-se dele. Fazemos votos que para o ano seja o 2º ninho de cegonhas na freguesia de Outeiro Seco.

Os alunos da UTAD estão a fazer um estudo sobre cegonhas. Também demos o nosso contributo.

 

 

Mercado Abastecedor da Região de Chaves (MARC)

outeiroseco, 03.06.07


Este empreendimento pretende oferecer um conjunto de produtos e serviços de

qualidade, autenticidade e genuinidade aos actuais e potenciais clientes, renovando

a imagem tradicional do Mercado e projectando-o na Região como pólo de referencia

no abastecimento de produtos agro-alimentares frescos. Trata-se, pois, de um

moderno centro logístico, especializado na comercialização de produtos agro-alimentares frescos (hortofrutícolas, carnes e charcutaria, etc.), produtos alimentares não perecíveis

e flores, bem como produtos não alimentares.
Destinado ao comércio grossista de produtos alimentares e à prossecução de outras actividades complementares. Este equipamento, a instalar numa área de 5,5 hectares, é composto por um edifício de mercado com 2.000 m2 de área coberta e por três edifícios de entreposto com áreas entre 4.950 m2 e 3.850 m2. Integra-se na Zona de Localização de Actividades Económicas de Chaves e está situado na freguesia de Outeiro Seco.
Constitui, este equipamento, um espaço privilegiado de negócio entre Portugal e a Galiza.