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Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Tomaram posse os Dirigentes da Casa de Cultura

outeiroseco, 31.01.12

Terminado o mandato dos corpos dirigentes da Casa de Cultura em 31 de dezembro 2011, procedeu-se ao processo eleitoral, através de regulamento próprio aprovado em Assembleia Geral de 7 de janeiro de 2012
No dia 15 de janeiro, decorreram as eleições para os Corpos Gerentes do biénio 2012/2013, tendo comparecido uma única lista, designada por A.
Resultado da votação 30 votos para a lista A, zero votos nulos e zero votos em branco.
A lista A foi a lista eleita e é composta pelos elementos abaixo indicados, tendo tomado posse no dia 28 de janeiro de 2012.
Votos dos maiores sucessos para o cumprimento dos objetivos e programações, em prol da cultura da nossa terra, deseja o Blogue

Corpos Dirigentes biénio 2012/2013

 

Direção
Presidente:                Antonieta Pereira do Rio Melo
Vice-Presidente:        Arlindo Gomes Alves
Tesoureiro:                Arsénio João Machado Pinto
1º Secretário:            André Daniel Melo Santos
2º Secretária:            Rosalina Maria Martins Barrocas
Vogais:                      Daniela Sofia Campos Bernardo
                                  Liliana Maria Campos Bernardo
                                  Marlene Celisa Martins Alves
                                  José Pereira Jaulino
                                  Mara Adriana Costa de Sousa
                                  Ana Rita Faria Rio
                                  Bruno Leonard Faria do Rio
                                  Diana Isabel Rocha Cunha
                                  Cristiana Sofia Alves Ferreira
                                  Andreia Filipa Garcia da Silva.
Assembleia
Presidente:                Manuel Ferrador
Vice-Presidente:         Paula Alexandra Alves Chaves
Secretária:                 Ana Patrícia Melo Santos
Conselho Fiscal
Presidente:                 Albertina Videira Ferrador Jaulino
Vogal:                         José Carlos Madeira Martins
Vogal:                         João António dos Santos

Obras da Junta no caminho de Mãe da Água

outeiroseco, 28.01.12
 
  
  
  
  

A Junta de Freguesia fez mais uma obra notável, consistindo no alargamento do caminho que vai do caminho da Lamarelha até Rua Santa Ana (ex-estradão). Para isso os proprietários autorizaram o alargamento que, em alguns locais, foi superior ao dobro do inicial. Estão de parabéns os proprietários e a Junta de Freguesia e todos que colaboraram nesta obra.
Algumas fotos mostram o estado inicial do caminho e o início das obras. Oportunamente iremos apresentar a obra final. O Blogue já testemunhem a intervenção e percorreu o novo caminho em veiculo de passageiro, na companhia do Presidente da Junta de Freguesia.

O Roncal, um lugar com história

outeiroseco, 25.01.12
 

O Roncal é uma pequena área da nossa freguesia, que, em conjunto com uma pequena parte da Portela, constituem uma espécie de ilha, só que em vez cercados por água por todos os lados, estão cercados por estradas, senão vejamos:

A sul têm o cruzamento da Sra. da Portela, a norte a Variante das Antas, a nascente a estrada das Antas, e a poente a estrada municipal. É ainda um local abençoado por dois templos, a Sra. da Portela a sul e o Sr. Dos Desamparados a norte.

Outrora apenas terra centieira e com algumas manchas de pinhal, era um terreno muito difícil de amanhar. Diz o Manuel Torres que um ferro de arado, não dava para duas manhãs de lavoura, em benefício dos dois ferreiros da terra, o Mário e o seu primo Zé, ambos Madeiras de nome, apesar de trabalharem o ferro.

Mas tudo é composto de mudança e o Roncal, está agora convertido num misto de área residencial, industrial, e agrícola, com particular destaque para a pastorícia do Zé da Irmã, ou as multiculturas que existem na quinta do nosso amigo Ulisses, que vão da aquacultura, à floricultura, passando pela vinha mas também culturas mediterrânicas como as amêndoas e outras.

O Roncal é um local com história, porque ali se fazia a guarda avançada da aldeia, dos inimigos que vinham do norte. Dizem que foi ali que um grupo de populares esperou os franceses, quando na 2ª invasão, mas avistada a enorme coluna que apareceu na pequena ladeira da Ribeira antes das Antas, rápido desmobilizaram tal a desproporcionalidade das forças em confronto.

Também numa manhã de domingo de Fevereiro do ano de 1941, depois da missa, o povo acorreu ali em peso, para ver o que restava, do pinhal, e se ali havia pinheiros grandes. Só que uns estavam cortados pelo meio, outros vergados e com as raízes à mostra, devido à força do vento ciclónico que soprara durante a noite e que varreu o país de norte a sul.

Mas ainda restaram alguns e talvez por este pinhal ficar à beira da estrada, era frequentemente utilizado para bivaques da tropa, ou para acampamento dos escuteiros flavienses, e de outros movimentos.

Na década de sessenta, recordo-me de um acampamento dos estudantes da mocidade portuguesa, do qual faziam parte, alguns nomes agora conhecidos na cidade, mas também estudantes da nossa aldeia. De salientar que a mocidade portuguesa, criada no ano de 1936 pelo Estado Novo, inspirada na juventude hitleriana do III Reich, era uma disciplina obrigatória no ensino.

Um dos comandantes do acampamento era o actual Prof. Nuno Rodrigues, cujo espírito de liderança se revelava já nesse tempo. Diziam que era também um brilhante jogador de andebol, tendo desenvolvido até uma técnica de remate, composto de salto com rotação de 360º. O guarda-redes ficava assim impossibilitado de saber qual a direcção que bola tomava quando lhe sai das mãos, chamando-lhe o remate à Nuno.

O acampamento foi um acontecimento inusitado para a garotada da aldeia, comigo incluído. Foi a tropa que serviu as refeições, dando um toque mais real a este movimento paramilitar. Acontece que por qualquer circunstância, o comandante Nuno ouviu o meu nome, que à época não muito vulgar, aliás, eu era o único Nuno da aldeia. Essa coincidência valeu-me uma discriminação positiva, pois tive direito a um prato de rancho e um casqueiro. Foi a primeira e última vez que comi comida da tropa, pois quando chegou a altura de eu ir às sortes, passei à reserva territorial, porque se tinha dado o 25 de Abril e já não eram precisos mais soldados para as colónias.

De salientar que, o primeiro habitante do Roncal foi o nosso amigo Augusto Escaleira, está situado num dos mais belos locais da aldeia, e no perímetro habilitado para construção, o que é uma aviso aos potenciais investidores.

Nuno Santos  

Onde fica o Roncal?

outeiroseco, 21.01.12
 
  

Aqui deixamos uma informação para localizar, via net, qualquer rua -  http://showmystreet.com/

Desta maniera poderá saber onde fica o Roncal e pedir ao dono de uma propriedade, amigo do ambiente,  que lhe ofereça uma mão cheia destes saborosos produtos, tratados de forma biológica. Bom fim de semana para todos, onde quer que estejam.

Encontro de Transmontanos no Alentejo

outeiroseco, 16.01.12
 
  

As migrações são movimentos de pessoas de um lugar para outro, podendo ser dentro do país ou para o estrangeiro. Apesar de sempre terem existido migrações, elas são agora mais frequentes, desde logo, pela maior facilidade de deslocação.

Há vários tipos de migrações; económica, social, política, ambiental e outras. Em Portugal já houve um tempo, em que algumas pessoas foram obrigadas a emigrar por razões políticas, mas de uma maneira geral, a principal razão da migração é económica.

Por isso é que há transmontanos espalhados por toda a diáspora, e até mesmo no Alentejo, pese embora o Alentejo seja também uma região, que pela falta de empregos locais obriga os seus naturais a migrar, basta ver que quase toda a margem sul de Lisboa tem aí a sua origem, quem não conhece aquela canção.

E depois ao chegar ao Barreiro,

Embarquei no vapor que passa o Tejo,

Chora por mim que eu, choro por ti,

Já deixei o Alentejo

Mas a nossa terra é onde nascemos, ainda que também nos sintamos bem na terra de acolhimento, o chamamento da terra, faz com que vários transmontanos de várias idades e diversas profissões, migrados no Alentejo, se reúnam uma ou duas vezes por ano, em encontros de convívio, partilhando recordações do passado nas suas terras de origem, mas também experiências das suas novas vidas.

Neste sábado dia 14 de Janeiro, decorreu mais um desses encontros, tendo o meu irmão Diamantino feito parte da comissão organizadora. O encontro decorreu em Vila Nova de S. Bento, onde ele reside, numas belas instalações cedidas pela Junta de freguesia local.

Eu e a Celeste tivemos o privilégio de estar presentes, tendo vivido uma experiência interessantíssima. Conhecemos um casal natural de Vinhais que vivem actualmente em Ferreira do Alentejo, que por sua vez, conheciam outras pessoas nossas amigas em Lisboa, e até nossos conterrâneos como José Carlos primo da Celeste e a sua mulher Emília, que viveram em Ferreira do Alentejo, antes de regressarem a Outeiro Seco.  

Conhecemos também flavienses de Faiões, Valdanta e de outras localidades como de Vimioso, Macedo de Cavaleiros, etc., que aqui moram e ganham a sua subsistência, mas com o coração em Trás-os-Montes, como o coronel Tété Pereira de Vilarandelo, que em Beja é um dos maiores produtores nacionais de noz, mas que fala de Chaves como nunca de lá tivesse saído.

O próximo encontro ficou já agendado para o dia 26 de Maio, desta vez na barragem de Odivelas perto de Ferreira do Alentejo, onde esperamos estar e ter a oportunidade de conhecer mais transmontanos, e onde gostariamos de rever o nosso conterrâneo José Fernando, que mora em Baleizão.

Nuno Santos

Vamos fazer Teatro?

outeiroseco, 08.01.12

Visionando o arquivo fotográfico deparamos com esta bonita foto, de dois talentosos jovens da nossa terra. Está na altura de rentabilizar este potencial artístico que há em cada um dos habitantes na nossa terra. Existem muitos outros que poderiam integrar um elenco teatral, quer no âmbito das nossas tradições quer nas questões satíricas do nosso quotidiano. Vamos lá contribuir... quem pega neste trabalho? Precisa-se organização e encenador...matéria prima há com certeza. Sejam bem-vindos os animadores socioculturais.

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