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Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Uma viagem inesquecível

outeiroseco, 27.04.12
 
  
  
  
  
  
  

O Joaquim a Carla e o Pedro foram dar um passeio cultural à Tunísia e trouxeram-nos algumas imagens que partilham convosco.

Alguns locais visitados:

A Grande Mesquita de Kairouan é a mais antiga mesquita do ocidente e a quarta maior do mundo. Segundo o islamismo, a cidade de Kairouan é o quarto lugar mais sagrado, a seguir a Meca, Medina e Jerusálem. Para os muçulmanos, esta mesquita, construída em 670 a.C., é uma das mais importantes, e a prova é que 7 peregrinações à Grande Mesquita de Kairouan equivalem a 1 peregrinação a Meca.

O coliseu de El Jem

El Jem remonta aos tempos romanos, quando tinha o nome de Thysdrus. Era uma das mais importantes cidades do Norte da África a seguir a Cartago (que actualmente se situa nos arredores da cidade de Tunis). O anfiteatro foi construído em meados do século III d.C. e podia acomodar mais de 35 000 espectadores.

Tendo caído num estado de ruína, os seus blocos foram usados para construir a cidade de El Jem, contribuindo também para a construção da Grande Mesquita de Kairouan, e o anfiteatro foi declarado Património da Humanidade em 1979. Mais recentemente foi usado para filmar algumas cenas do filme "Gladiador".

As famosas cavernas escavadas nas rochas

Matmata: Uma paisagem quase irreal, de aspecto lunar e árido, constituída por cerca de 700 crateras onde os berberes habitam em casas subterrâneas. Foi palco para as filmagens de “A Guerra das Estrelas

Matmata (em árabe: مطماطة) é uma aldeia berbere do sul da Tunísia, famosa pelas suas tradicionais casas trogloditas escavadas na rocha, muitas delas ainda em uso. A aldeia encontra-se a 40 km a sudoeste de Gabès, a capital provincial. Alcandorada no flanco da montanha, a 600 m de altitude, em 2004 tinha cerca de 1 800 habitantes

As casas trogloditas típicas da aldeia são construídas escavando uma  caverna numa encosta ou uma grande cova circular (ou poço) no solo. Neste último caso, são escavadas salas em volta do perímetro inferior do poço. Algumas das casas maiores têm vários covas, ligadas por uma espécie de trincheiras

Os Oásis de Chebika, Tamerza e Midès e tivemos que fazer este percurso de Jipe 4x4, foi muito bom.

Chebika, Tamerza e Midès estão entre  os mais famosos oásis de montanha na Tunísia. Os três ficam bastante perto da fronteira com a Argélia e  perto também de Tozeur (60 km ). A viagem Tozeur/Chebika parece longa porque as estradas são tipicamente de deserto, inclusivé mudando de  traçado, algumas vezes, em função dos ventos. Os ventos constroem e destroem dunas, mudando-as de lugar.

No tempo do Império Romano, esses oásis foram utilizados como pontos de observação, porque estavam em lugares altos de onde os romanos podiam comunicar-se com outros postos através de sinais com espelhos.

 

No meio do nada desértico da Tunísia, encontramos o Oásis de Chebika. Este mini paraíso encontra-se rodeado de palmeiras no qual está uma cascata conhecida pelos tunisinos como "A grande cascata do deserto". Esta bonita fonte de água impressiona, não por ser grande, mas porque está situada em pleno deserto e rodeada por uma beleza de cores que os nativos da zona nos vendem através dos seus tecidos, rosas do deserto, bules, tâmaras...

O Sahara onde andamos de dromedário, uma experiencia muito feliz.

O Deserto do Sahara ocupa cerca de 40% da Tunísia, sendo o maior deserto do mundo, com 10 milhões de quilómetros quadrados de superfície, estendendo-se por outros países do Magreb, tais como Marrocos, a Argélia e a Líbia.

 

Gabés: Cidade oásis, constitui a porta de entrada para o Sul e para o deserto do Sahara. O seu palmeiral junto ao mar é inesquecível.

Recomenda-se uma visita a estes locais, foi uma experiência única e inesquecível

25 de Abril, sempre

outeiroseco, 25.04.12

Hoje comemora-se a data da revolução militar e popular que nos restitui a liberdade de expressão e de reunião e muitas outras conquistas.
Hoje, questiona-se se os ideais de Abril estão a  ser perseguidos e muitas das conquistas consolidadas.
Em liberdade cada um tem direito à sua opinião.
Viva o 25 de Abril... ditadura nunca mais

Estivemos lá... à grande prova de BTT e gastronomia

outeiroseco, 23.04.12
 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  

Decorreu neste Domingo, a IV Rota das Adegas, uma prova de BTT, em Cantanhede, com a participação de 300 participantes, cujas inscrições esgotaram, em apenas 4 horas.

A prova é organizado pelo Club Urva Bike Team, presidido pelo nosso conterrâneo Rui Pedro Rio Martins, a viver nesta cidade e é com enorme prazer saber que passou pela escola do associativismo da Casa de Cultura de O. Seco.

Fomos dar uma mãozinha a esta ptova, que tem uma filosofia própria, muito apoiada pelas empresas de vinho, champanhe, leitão e doces de Tentugal, que encontraram nesta iniciativa uma forma de divulgação dos seus produtos.

O amigo Nuno e Celeste marcaram presença e depois da realização da 1ª parte da prova, que contou para a classificação a gastronomia foi rainha e nada faltou… a alegria foi bem visível em algumas fotos, mas garantimos que todos beberam com moderação, conforme a organização se fartou de recomendar. Terminou com um almoço de leitão, champanhe e doces de Tentugal e a entrega de prémios por modelos profissionais.

Parabéns à organização que esteve a 100% em todos as áreas e a promessa de dar continuidade a este evento. Sentimos orgulho por saber que os nossos jovens estão espalhados por todos os lados e sempre com elevado sentido de cidadania.

Cores, cheiros e respeito pelo ambiente

outeiroseco, 20.04.12
 
 
 
 

Estas imagens, como já repararam, vêm dos lados do Roncal, cujos proprietários têm muito orgulho na sua quinta. Para além da produção de todo o tipo de frutos, flores e bichinhos, têm um carinho especial pelo ambiente que dá a todo o conjunto uma vista deslumbrante. Bem hajam pelo carinho com que tratam a natureza. Todos ficamos gratos

Parabéns Cliff, estamos orgulhosos de ti

outeiroseco, 18.04.12
 

Outeiro Seco foi sempre terra de gente que se preocupou com o futuro dos filhos, pelo facto das famílias terem algum poder económico, pela proximidade da cidade e porque se preocuparam em dar uma vida melhor da que tiveram.

Por isso vamos trazer aqui alguns cidadãos a viver na região ou espalhados pelo mundo, que tem feito sucesso em alguma área específica dando uma particular enfase aos mais jovens. Queremos que cada vez se sintam mais agarrados às suas raízes e os últimos eventos bem nos demonstram isso. Portanto mais um apelo aos nossos jovens – gostem da vª terra e contribuam com o vosso saber para o seu engrandecimento

Agradeço toda a colaboração que me possam prestar na divulgação.

Hoje vamos falar do Cliff Chaves (para uma melhor identificação é filho de Leonor e Justino – proprietários do Café Sapo e irmã de Carla Chaves).

É sabido que o Cliff sempre teve uma paixão pelo futebol, sendo um excelente praticante e agora com funções de treinador. Para além da sua actividade profissional, professor de Educação Física, está envolvido num projecto do Clube de Futebol "Os Repesenses" que foi criado em 1928, sendo durante muitos anos uma filial d "Os Belenenses". É um Clube que aposta nos escalões de formação, e dele saíram jogadores como Paulo Sousa ou Leal. 
De há dois anos para cá, o Clube associou-se oficialmente ao FC Porto através do Projeto da Escola de Futebol Dragon Force, que engloba crianças dos 4 aos 14 anos de idade, que exprimem a sua paixão pelo futebol sob a metodologia do FCP.

Esta época é responsável pela equipa de SUB 11 (atletas nascidos em 2001), e sagraram-se campeões distritais, deste escalão, num campeonato com 30 equipas dividido em duas fases.

Aqui ficam imagens e um vídeo que mostra a qualidade do trabalho do Cliff, a quem desejamos as maiores felicidades e sucessos.

Limpeza do pátio interior Solar, para momento de cultura

outeiroseco, 15.04.12
 
  
  
  
  
  
  
  
  
  

Vamos aproveitar aquela que será, provavelmente, a última oportunidade de desfrutar deste Solar, em ruinas. Um grupo de amigos desta terra juntaram-se e fizeram, neste Sábado, parte da limpeza do Pátio interior do Solar dos Montalvões. O momento foi de trabalho e de muito convívio. Obrigado a todos caros amigos.

Algo de importante irá acontecer em finais de Agosto. A cultura estará presente neste espaço.

Desejamos que os novos inquilinos venham a recuperá-lo e dar-lhe uma nova vida… esse é o nosso desejo, a bem do património construído e do desenvolvimento desta terra.

Lagares de ouro ou de vinho

outeiroseco, 12.04.12
 
  
  
  

Durante anos e antes do advento da internet, líamos na enciclopédia Luso-Brasileira, no volume 14 página 940 sobre Outeiro Seco, o seguinte:

“Povoação e freguesia do concelho de Chaves, com 970 habitantes e 240 fogos. Situada a 5 km da sede do concelho. A antiga freguesia era um curato da apresentação da Mitra e passou depois a reitoria. Num local chamado Lagares, encontraram-se vestígios de antigas lavras mineiras efectuadas pelos romanos (havia na região minérios de ouro e prata, que foram muito explorados), além de moedas, restos de construções daquela época. Nesta freguesia encontra-se porventura o mais interessante monumento românico do extremo norte da província de Trás-os-Montes”.

Isso fez criar em mim uma convicção, de que Outeiro Seco, fora uma terra muito rica, medindo-se esse indicador na quantidade de igrejas e capelas que possui, servindo no passado para demonstrar a grandeza de uma terra. Eu que tinha um terreno ali perto, enquanto sachava os chícharros, até acalentava a esperança de que, num dia me saltasse alguma pepita, e se desencadeasse ali uma corrida ao ouro como aconteceu no velho Oeste, fruto da literatura que eu lia na época.

Porém no passado sábado, esse sonho desvaneceu-se, quando na companhia do Altino Rio, Carlos Xavier e do Tó Manel, visitei pela enésima vez os míticos lagares, onde pensava eu os mineiros romanos fizeram a lavagem do minério.

Digo míticos, porque sobre este local pairam algumas lendas, como a de que se alguém lá fosse à meia-noite com o livro de S. Cipriano, e na sua leitura se enganasse, lhe aparecia o diabo. Não há memória que alguém lá fosse, mas o livro de S. Cipriano existia em casa do Zé Barroco, no qual eu, talvez por essa superstição, jamais lhe toquei.

Voltando ao passado sábado, e depois do momento alto que foi a apresentação do livro do nosso amigo Manuel Ferrador, lá fomos satisfazer a curiosidade do Tó Manel, agora um especialista em achados arqueológicos, graças aos doutos ensinamentos do Dr. Manuel José Carvalho Martins, mas que era o único que não conhecia os lagares.

Ali chegados o que não é tarefa difícil, pois o caminho é bom, basta andar a pé duas centenas de metros, o Tó Manel desfez logo a minha fantasia romântica sobre os lagares.

- Isto é de vinho! (disse ele) Antigamente toda esta zona era composta de vinhas, e os romanos (aí não me desapontou porque atribui a construção dos lagares aos romanos) pisavam aqui o vinho que depositavam depois nas ânforas, e o transportavam para as suas casas.

Eu continuo com algumas reservas, porque ficando a aldeia ainda longe, e os caminhos na época tão acidentados, presumo que algumas ânforas se terão partido pelo caminho.

Mas claro que tenho que dar crédito aos especialistas, pese embora fosse para mim o desvanecer de um sonho lindo, o de poder ver um dia resplandecer uma pepita de ouro, nos terrenos anexos aos lagares.

Já agora para quem não conhece os lagares e os queira visitar, segue a estrada municipal para norte, até ao Campo Queimado, aí corta à direita para Vila Meã e cem metros depois, de novo à direita, entrando num caminho rural que está bem conservado. Continua nesse caminho para sudeste e cerca de setecentos metros, estaciona o carro, caminhando a pé para nascente apenas uns cento e cinquenta metros. Vá acompanhado de máquina fotográfica e de outros companheiros, não vá o diabo aparecer.

Nuno Santos

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