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Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Outeiro Seco e 8 de Julho 1912

outeiroseco, 08.07.07

 

 

A propósito do 8 de Julho feriado municipal em Chaves que comemora a defesa da jovem república implantada em 1910, Outeiro Seco, também esteve no teatro das operações.

Não tivesse o Sr. Dos Desamparados sido transmudado para este local apenas em 1924, e teria assistido à prisão de João d’Almeida (Lavradio), figura proeminente das tropas monárquicas que tinha sido o comandante da incursão monárquica no ano anterior (1911) por terras de Vinhais.

Foi em Outeiro Seco, no caminho do Almeirinho que o soldado 114 Albino Adrião e o 151 Francisco António Pinheiro, do pelotão do alferes Avellar que vigiavam a estrada para Vilela Seca,  o prenderam.

João d’Almeida foi vítima da sua ansiedade, integrante da coluna de Sousa Dias que estava acampada em Feces de Abajo, logo que ouviu o primeiro troar do canhão do Conde de Mangualde, da coluna de Paiva Couceiro que vinha de Soutelinho da Raia, nem esperou pelos restantes companheiros, montou no seu cavalo e seguiu desenfreado em direcção a Chaves, onde entrou mas sob prisão.

A coluna de Sousa Dias, passa pouco depois em Outeiro Seco, onde é informada da prisão de D. João d’Almeida e incentivada pelos populares que não morriam de amores pelos republicanos, muito por culpa das práticas dos padres, na missa dominical.

A grande batalha entre as tropas de Couceiro e os resistentes de Chaves, travou-se também em terras da freguesia de Outeiro Seco, entre a Cocanha e a Carreira do Tiro.

Na empresa onde trabalho, em Lisboa na Avenida 5 de Outubro, paralela à Avenida da República, e à Avenida Defensores de Chaves não há colega que não conheça a razão desta toponomía.

 Nuno Santos