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Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Memórias da Excursão ao Minho e Vigo

outeiroseco, 22.07.07

 

Numa organização da Junta de Freguesia de Outeiro Seco, cerca de 100 outeirosecanos embarcaram numa viagem que percorreu o Minho e Galiza, com paragens nos santuários de S. Bento da Porta Aberta, Bom Jesus, Stª Luzia e praia de Vigo.

Com muita alegria e boa disposição partiram de Outeiro Seco, pelas 7h00 do dia 21 de Julho, um numeroso grupo de viajantes com destino ao Gerês, especificamente ao Santuário de S. Bento da Porta Aberta – pequeno almoço e visita à igreja – a beleza do espaço envolvente deu animo para a caminhada para Braga a fim de se visitar o Bom Jesus. Admirado todo o complexo, do alto do Bom Jesus uma olhadela à bonita cidade de Braga, desceu-se a escadaria, com visita às capelas e seguiu-se caminho, em direcção a Viana do Castelo. Era hora do almoço e num espaço próximo de Stª Luzia, foi oportunidade de se deliciarem com a excelente gastronomia trazido de Outeiro Seco. Uma visita à Igreja, admirada a panorâmica sobre o Atlântico e Viana do Castelo e a compra de umas recordações concluiu esta etapa do percurso.

Vigo seria a última estação. Escolheu-se o percurso junto ao mar, permitindo uma viagem mais agradável, e bem rápido entravamos na cidade de Vigo. A praia estava repleta de gente, mas ainda deu para mais os nossos visitantes, que se refrescaram nos bares e na brisa do mar. Os mais pequenos deram mesmo um mergulho.

Eram 19h00 e o regresso a Outeiro Seco era inevitável, apenas com uma paragem perto de Ourense para o lanche final.

A animação foi constante, onde predominaram as nossas canções regionais.

O balanço foi positivo e o desejo de para o próximo ano visitarmos outras paragens  foi unânime.

Haja saúde e boa disposição.

 

Nossa Senhora do Ó ou Sra. do Rosário

outeiroseco, 18.07.07

 

A Nossa Sra. do Ó simboliza a gravidez da Virgem Maria. Nas suas imagens, aparece-nos com um ventre aumentado, como sinal de esperanças de parto. O culto à Nossa Senhora do Ó iniciou-se em Toledo (Espanha) no século X. Em Portugal, venera-se em muitos locais, de tal forma que há 16 freguesias do país que têm a Nossa Senhora do Ò como sua padroeira.

Em Outeiro Seco, há quem defenda que a santa que agora dá o nome à nossa capela da Sra. do Rosário, já foi a Nossa Senhora do Ò, pois existe no altar mor da igreja matriz, uma outra Sra. do Rosário.

Terá mudado de nome, porque no século XIX, um movimento moralista e reformista no seio da igreja católica, entendeu que a Imaculada Conceição, não combinava com aquela imagem, em avançado estado de gravidez.

Por essa razão, muitas imagens da Sra. do Ó foram retiradas do culto, ou então, reinventadas. Deixaram de ter a mão sobre o ventre, colocaram-lhes um manto para encobrir o ventre, ou ainda, foi-lhes colocado o menino ao colo.

Não há registos da origem desta nossa imagem, o certo é que a sua presença na capela da Sra. Do Rosário, onde coabita com o Sr. Dos Passos, e com a nossa valiosa ara romana, valoriza sobremaneira, o nosso vasto património religioso.

Lamentavelmente, apesar da capela estar situada, bem no centro da aldeia, parece não ser muito apreciada nem valorizada pelos locais, tal o estado de degradação a que chegou o seu interior, nomeadamente o altar.

Para quem não conhece esta capela fica pois a sugestão, visitem-na com espírito crítico e observador, ficam assim a conhecer mais uma jóia do nosso património religioso e cultural.

Nuno Santos

 

 

1 ano de vida. Parabéns

outeiroseco, 13.07.07

 

 

Um ano de vida da Associação Mãos Amigas.

Um ano de intensa actividade:

- Escritura pública, em Mirandela, em 14 de Julho de 2006;

- Publicação no Diário da República, 2ª série, 23 de Agosto de 2006;

- Registo na Segurança Social nº 39/2007 como IPSS, reconhecida como pessoa de Utilidade Pública.

Trata-se de uma Associação, sedeada em Outeiro Seco de solidariedade social que tem como objectivo principal promover acções  que visem o bem estar dos mais jovens e da 3ª idade. Como acção em concreto pretende construir um Centro de dia/noite, estando a decorrer a elaboração do projecto e a doação de um espaço para a sua instalação.

Está a decorrer um programa variado de actividades que começaram hoje com uma marcha solidária, em que cada participante deu um pequeno contributo pecuniário.

Amanhã realizar-se-á uma missa, pelas 17h00, pelos associados já falecidos e à noite será feito o lançamento do livro “Um Património vivo feito por Mãos Amigos”, no auditório da Casa de Cultura. No espaço anexo serão cantados os parabéns, servido bolo e a terminar a noite decorrerá um espectáculo de fogo circense no Solar dos Montalvões.

No Domingo actuará o rancho folclórico da Cela, no átrio do Solar dos Montalvões.

Todos devem ajudar esta jovem Colectividade para que consiga atingir os objectivos que se propôs levar por diante.

Parabéns Mãos Amigas.

 

Outeiro Seco e 8 de Julho 1912

outeiroseco, 08.07.07

 

 

A propósito do 8 de Julho feriado municipal em Chaves que comemora a defesa da jovem república implantada em 1910, Outeiro Seco, também esteve no teatro das operações.

Não tivesse o Sr. Dos Desamparados sido transmudado para este local apenas em 1924, e teria assistido à prisão de João d’Almeida (Lavradio), figura proeminente das tropas monárquicas que tinha sido o comandante da incursão monárquica no ano anterior (1911) por terras de Vinhais.

Foi em Outeiro Seco, no caminho do Almeirinho que o soldado 114 Albino Adrião e o 151 Francisco António Pinheiro, do pelotão do alferes Avellar que vigiavam a estrada para Vilela Seca,  o prenderam.

João d’Almeida foi vítima da sua ansiedade, integrante da coluna de Sousa Dias que estava acampada em Feces de Abajo, logo que ouviu o primeiro troar do canhão do Conde de Mangualde, da coluna de Paiva Couceiro que vinha de Soutelinho da Raia, nem esperou pelos restantes companheiros, montou no seu cavalo e seguiu desenfreado em direcção a Chaves, onde entrou mas sob prisão.

A coluna de Sousa Dias, passa pouco depois em Outeiro Seco, onde é informada da prisão de D. João d’Almeida e incentivada pelos populares que não morriam de amores pelos republicanos, muito por culpa das práticas dos padres, na missa dominical.

A grande batalha entre as tropas de Couceiro e os resistentes de Chaves, travou-se também em terras da freguesia de Outeiro Seco, entre a Cocanha e a Carreira do Tiro.

Na empresa onde trabalho, em Lisboa na Avenida 5 de Outubro, paralela à Avenida da República, e à Avenida Defensores de Chaves não há colega que não conheça a razão desta toponomía.

 Nuno Santos

 

 

 

Senhor dos Desamparados

outeiroseco, 04.07.07

 

 

Até Abril do ano de 1924, esteve desamparado na velha estrada da Torre, no lugar da Teixugueira. Foi por influência do Sr. Padre Albano Dias, natural de Outeiro Seco, à época também pároco desta freguesia, que o Sr. Dos Desamparados, foi transmudado para o local onde agora se encontra, o cruzamento do caminho do Almeirinho, com a estrada municipal.

A mudança mobilizou várias juntas de bois e a força de braços de homens do povo, que pedra a pedra, o trouxeram e reconstruíram, tal como pode agora ser observado, admirado mas também adorado, como se constata pelas flores que regularmente se encontram colocadas junto da cruz, em sinal de culto.

É provável que o Sr. Dos Desamparados, assim como o São Caetano, estivessem integrados nos caminhos de Santiago. O desvio do trânsito das terras de Ervededo, para Vilela Seca, tornou esta via num caminho rural, utilizado apenas pelos proprietários dos terrenos.

Foi esse isolamento e a falta de culto que esteve na origem desta mudança. Outra razão não menos importante para a mudança, foi o enquadramento que o Sr. Dos Desamparados dá agora na nova localização ao calvário da via sacra.

Actualmente, de isolamento não se pode queixar, serve de portagem a todos os que entram em Outeiro Seco pelo norte, está junto à Escola Superior de Saúde, tem por companhia algumas centenas de estudantes, e está situado ao lado de uma rotunda, que num futuro breve esperamos, seja uma via estruturante para a modernidade e progresso não só de Outeiro Seco como de toda a região.

Nuno Santos

 

 

 

 

 

Paróquia de Outeiro Seco em Fátima

outeiroseco, 01.07.07

 

Depois das festas do Pai Nosso, 1ª Comunhão e Profissão de Fé, celebradas em Outeiro Seco no passado dia 24 de Junho, a nossa comunidade catequista, para comemorar o seu final do ano, realizou neste sábado, dia 30 de Junho, uma peregrinação a Fátima.

A peregrinação foi presidida pelo Sr. Pe. José Banha, e nela participaram todos os catequistas com os seus catequizandos, e ainda, algumas famílias da paróquia de Outeiro Seco.

Como o caminho era longo, a alvorada em especial para os mais jovens foi mais cedo que o costume. O trajecto escolhido foi o da A 24, agora já na sua plenitude, de Vila Verde da Raia a Viseu. Durante a viagem ninguém dormiu porque o microfone não deu descanso, com os jovens a mostrarem os seus dotes de cantores.

A presença do Sr. Padre Banha veio enriquecer esta peregrinação que não se limitou à tradicional visita ao santuário. Depois da missa e duma visita ao túmulo dos pastorinhos na basílica, seguiu-se o almoço que há boa maneira transmontana, dava para o dobro dos presentes.

Após o almoço, fez-se uma interessante visita ao parque temático (Fátima) em que está convertida toda a área que vai do Santuário a Aljustrel, aldeia onde nasceram os pastorinhos. Aí o Sr. Padre Banha animou a via sacra conhecida pelo calvário dos Húngaros, por ter sido oferecida pela comunidade católica da Hungria. Para a maioria dos presentes, esta foi a primeira vez que fizeram esta bela via sacra. Seguiu-se depois a visita às casas dos pastorinhos, a compra de souvenires, e o regresso a Outeiro Seco previsto para as 21,30.

Foi um dia muito agradável em especial por ver convívio e confraternização entre todos os participantes. Espero que iniciativas destas se repitam com mais regularidade.

Nuno Santos