As nossas leiteiras. Foram, durante anos, as responsáveis pela distribuição do leite às famílias da cidade. Um dia ir-se-á escrever a bonita história destas verdadeiras embaixatrizes de Outeiro Seco que iniciaram uma relação com a cidade e que bons frutos resultaram dessa parceria.

Em sua homenagem aqui trazemos três conterrâneas, ainda vivas, que fizeram dessa tarefa a sua profissão, entre mais de duas dezenas que deram vida a esse ofício.

Aqui se apresentam alguns naturais de Outeiro Seco, alguns ainda entre nós que dão vida à nossa terra e que muitos ensinamentos dão às novas gerações. Está na altura de registar a sua experiência de vida e partilhá-la com os seus concidadãos.

 Temos pessoas qualificadas na terra para fazer esse exercício de cidadania.

 A propósito transcrevemos um extracto do livro “Um Património Vivo feito por Mãos Amigas” do artigo “Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei” da autoria de Manuel Ferrador

“…E quando se sonha com objectivos concretos, a obra nasce. Foi assim que, em Outeiro Seco, um grupo de pessoas, filhos dilectos desta freguesia, sonharam ser possível a criação duma Associação que venha colmatar as necessidades de carinho e amparo aos naturais e residentes que por circunstâncias diversas, designadamente a idade, venham a necessitar de uma Mão Amiga…”

Faleceu o nosso conterrâneo Manuel dos Reis conhecido entre os amigos Manuel Pedreiro.

Em sua memória transcrevemos algumas frases que o livro “crescem pães pelos outeiros” lhe dedicou:

“…”Toma lá deste pão, que tem virtude!” por ser o primeiro que este forno cozeu; e pelos vistos aprova, ou não fosse o Manuel Pedreiro o seu arquitecto e construtor. Ao logo de gerações o risco e a obra dos fornos todos de Outeiro Seco foram passando pelas mãos hábeis do Sr Bacelar, do Mário Ribeiro, do José Ervões e agora do Manuel dos Reis, de nomeada o Manuel Pedreiro, a quem se deve a maioria dos fornos que ainda comem lenha….”

Os nossos jovens, uns no retrato mais antigo (cedido gentilmente pelo Caetano) e as outras mais recentes.

O futuro pertence-lhe. Compete aos educadores e sociedade envolvente prepara-lhe as ferramentas para enfrentar os desafios do futuro.

Estou optimista que tudo vai correr bem no sentido da obtenção da felicidade e bem estar de toda a humanidade. Sejamos optimistas e olhar as coisas boas que a vida nos dá.

e.

Outeiro Seco tem espaços de rara beleza. Para além do património histórico/cultural, algum já classificado de interesse público, apresenta alguns espaços que são agradáveis à vista de qualquer visitante e com um valor acrescido para os seus moradores.

São locais que contam histórias, avivam a memória e dão prazer de viver nesta terra.

Pena é que alguns deles vão desaparecendo, graças às novas construções, de duvidoso gosto, mas que trazem conforto aos seus habitantes. Deveria, pois, o Poder Instituído, defender esse património, compensando logicamente dos gastos acrescidos com essa recuperação.

Compete defender esse património, pelo menos o público, e criar uma consciência colectiva para que a população de Outeiro Seco saiba colaborar com as características que também identificam a nossa identidade – o património construído.