Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

As nossas equipas na Europa

outeiroseco, 25.02.11

Das quatro equipas presentes, Porto, Sporting, Benfica e Braga, passaram todas excepto o Sporting. Foi pena pois esteve a vencer até mesmo ao final e deitou tudo a perder nos decontos...o azar persegue a equipa.
De qualquer modo saldou-se por uma participação honrosa, rumo à vitória final...o caneco tem de vir para Portugal e de preferencia para a equipa do seu coração....

Faleceu o nosso Conterrâneo e Amigo Almor Chaves

outeiroseco, 23.02.11

Depois de ter suportado doença prolongada faleceu o amigo Almor Chaves. À família enlutada, em especial mãe, filhos, irmãos e restante família as sentidas condolências.

O corpo encontra-se na Igreja de Nª Srª da Azinheira e vai a  enterrar amanhã às 15h00.

Trazemos aqui fotos da recordação de uma  dádiva recente, à população, pela cedência de terreno para alargamento de caminho na Veiga.
Também quero aqui lembrar que o último trabalho que realizou nas oficinas de livros da Autarquia, onde dedicou uma boa parte da sua vida, foi o arranjo de meia dúzia de livros "Crescem Pães pelos Outeiros" (as folhas estavam soltas).
Por isso tive o privilégio de poder contar com a generosidade de um amigo bom que o tempo que viveu foi pouco para quem muito tinha a dar à humanidade.

Que descanse em paz.

O menino ressuscitado

outeiroseco, 20.02.11

Os três protagonistas do episódio

 

 

De Trás-os-Montes se diz que, tem nove meses de inverno e três de inferno, por isso, na canícula do verão, os jovens enquanto guardavam as vacas. Banhavam-se em pelota ou em cuecas, sem qualquer avaliação prévia, em termos de segurança.

Outeiro Seco tem dois rios próximos, a ribeira da Torre, ou rio pequeno, que corre até lá para Junho e, o Tâmega ou o rio grande, que ainda que no verão diminua substancialmente o seu caudal, por causa do transvase para o canal de irrigação, corre durante todo o ano.

Estes dois rios eram o local de eleição para os banhos, mas, quem estava obrigado a guardar as vacas em lameiros distantes dos rios, recorria aos poços para se refrescar.

No lugar do Almeirinho, numa propriedade da D. Beatriz composta de terra e lameiro, e, que a tia Bia, trazia de arrendo, tinha, como uma espécie de enclave um outro terreno, todo vedado, com um poço com um diâmetro e profundidade razoável, donde o senhor Zé Vergas regava Jericó e, os garotos tomavam banho.

Numa dessas tardes quentes de verão, Adelino o terceiro filho da tia Bia deixando as vacas no lameiro, à semelhança do que fizera tantas outras vezes, ia-se despindo enquanto corria para ser o primeiro a mergulhar no poço.

E mergulhou, mas porque ainda não tivesse feito a digestão, ou porque com o mergulho tivesse batido com a cabeça no fundo, o certo é que não voltou á tona. Os outros companheiros de aventura todos eles mais novos, perante a situação entraram em pânico e começaram a gritar pelo senhor Zé do Forno, que andava ali perto em Pedrianes.

Perante os gritos aflitivos dos garotos, o senhor Zé do Forno pressentiu logo que algo de muito grave se estava a passar e, acorreu de imediato. Chegado ao local inteirando-se da situação, atirou-se ao poço sem qualquer hesitação resgatando o Adelino.

De seguida, pegou nele em braços correndo para a aldeia, sem que o Adelino desse qualquer sinal de vida. Pelo caminho, lembrou-se de ter visto em casa do Dr. José Maria Montalvão, o seu genro, o Dr. Silvino Cunha, médico na cidade.

O Dr. Silvino de pronto ministrou ao Adelino vários exercícios respiratórios, que inexplicavelmente devido ao tempo que mediara, o ressuscitaram para a vida.

O Adelino vive actualmente em França, visitando-nos de vez em quando no verão. O senhor Zé do Forno, está aí para contar esta e, muitas outras histórias do passado da nossa terra, haja quem tenha interesse em registá-las.

Nuno Santos

Drepressão - Crónica de Mara Xavier

outeiroseco, 17.02.11

Dezembro e Janeiro foram, no nosso Cantinho, dois meses de pausa no que à Saúde diz respeito. Primeiro porque Dezembro é um mês preenchido quase na totalidade pelo espírito natalício, e achamos que tratar de temas de Saúde / Doença não seria oportuno. Janeiro, o mês do recomeço, e tudo o que isso implica. Mas cá estamos novamente, e desta vez com um tema proposto por uma pessoa amiga, que nos acompanha diariamente.

 

DEPRESSÃO

 

Quantas vezes já ouviram a alguém próximo a expressão “hoje estou deprimido”? Pois bem, “deprimido” não será a palavra mais adequada, pois a depressão é uma condição / doença que se expande muito além da tristeza momentânea ou passageira, com repercussões pessoais e sociais sérias, que atinge não apenas o indivíduo que dela padece, mas todos aqueles que se encontram à sua volta.

(Imagem extraída do site www.adepressaodoi.pt)

 

 

Não há um quadro típico de sintomas de depressão. Para além dos sintomas variarem de pessoa para pessoa, podem atingir praticamente qualquer parte do corpo, não se cingindo à típica tristeza ou falta de energia, podendo manifestar-se de formas tão diversas que pode parecer qualquer outra doença, menos depressão. As dores (de cabeça, costas, ombros, etc.) são frequentes, e muitas vezes são elas que levam o doente a recorrer ao seu médico assistente, pois “não aliviam com nada”.


TRÍADE COGNITIVA

Visão pessimista do futuro, de si próprio e do mundo.


A depressão é uma doença cuja origem não está bem definida até ao momento, pensa-se ter na sua génese não apenas factores ambientais como também um forte componente genético, e o mecanismo envolve, segundo a literatura, a diminuição de substâncias neurotransmissoras que existem no cérebro e que são responsáveis pela comunicação entre as células do mesmo.

 

 

Mas existem factores de risco / factores predisponentes? Existem, e são diversos, tal como o é a diversidade humana, e a reacção de cada indivíduo face a um acontecimento particular e adverso na sua vida. Assim, alguns exemplos:

  • Episódios de depressão no passado

  • História familiar de depressão

  • Género feminino adolescência, no primeiro ano após o parto, menopausa e pós-menopausa

  • Doenças crónicas - coração, hipertensão, asma, diabetes, história de tromboses, artroses e outras doenças reumáticas, SIDA, fibromialgia, cancro e outras doenças

  • Tendência para ansiedade e pânico

  • Dependência de substâncias químicas (drogas) e álcool

  • Perdas significativas: afectivas, laborais, económicas, etc.

  • Familiar portador de doença grave e crónica

  • Profissões geradoras de stress ou em circunstâncias de vida que causem stress

  • Idosos

É fundamental que a pessoa com depressão reconheça a sua doença, fale com os seus familiares e amigos sobre a mesma, peça ajuda médica, e encare a sua condição não com vergonha, mas com ânimo e coragem, pois é uma doença que tem tratamento.

 

Aos familiares e amigos – não censurem, saibam escutar, saibam estar presentes, saibam ajudar, saibam como procurar essa ajuda e como acompanhar a pessoa doente.

    Mara Xavier

    14 de Fevereiro dia dos namorados

    outeiroseco, 14.02.11

     

    Deixo-vos com a poesia do poeta e o tudo mais fica ao vosso cuidado

     

     

    Coisa Amar

    Contar-te longamente as perigosas
    coisas do mar. Contar-te o amor ardente
    e as ilhas que só há no verbo amar.
    Contar-te longamente longamente.

    Amor ardente. Amor ardente. E mar.
    Contar-te longamente as misteriosas
    maravilhas do verbo navegar.
    E mar. Amar: as coisas perigosas.

    Contar-te longamente que já foi
    num tempo doce coisa amar. E mar.
    Contar-te longamente como doi

    desembarcar nas ilhas misteriosas.
    Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
    E longamente as coisas perigosas.

    Manuel Alegre

    Os jogos tradicionais do Ferrinho, das Escadinhas e das Nações

    outeiroseco, 12.02.11

    Na ausência de fotos dos jogos descritos no texto, restam-nos imagens similares

    De vez em quando vêm-nos à memória reminiscências do passado, entre outras, os jogos que usávamos para passar os tempos livres no inverno. Pese embora o frio que então se fazia sentir, o mesmo não era um factor impeditivo para a realização desses jogos, pelo contrário, era até uma vantagem, sobrava-nos mais tempo para essas brincadeiras, porquanto havia muito menos tarefas no campo.

    Curiosamente, jogos tradicionais tiveram sempre alguma sazonalidade, mas fixando-nos apenas nos jogos usados no Inverno, relembro entre outros, do jogo do Ferrinho ou Espeto.

    Jogava-se com um ferro de vinte a vinte e cinco centímetros afiado numa das pontas, para melhor se enterrar na terra, por vezes dura da geada. Este espeto na maioria das vezes, era feito da asa de um caldeiro velho. Utilizava-se em três jogos, o Ferrinho propriamente dito, nas Escadinhas e no Jogo das Nações.

    No jogo do Ferrinho traçava-se uma linha no chão em que os jogadores, munido cada um de seu espeto, espetavam-no o mais perto possível dessa linha. Quem ficava mais distante da linha era penalizado e, espetava o seu espeto na terra assistindo aos outros, a tentar derrubá-lo. Quem não acertava no espeto perdia e tomava o lugar do espeto anterior. Quando algum dos contendores derrubava o espeto, tinha o privilégio de atirar o espeto derrubado para longe, para gáudio dos restantes e humilhação do derrotado.

    No jogo das Escadinhas desenhava-se no chão um trilho, normalmente com trinta quadrados e, cada jogador tinha de percorrer esse trilho regressando à casa de partida. Quando o segundo jogador se cruzava com o primeiro e o derrubasse, este tinha de regressar à casa de partida. Ganhava quem fizesse o percurso de ida e volta em primeiro.

    No Jogo das Nações, desenhava-se no chão um grande círculo, simbolizando o globo universal. Dividia-se este círculo em nações, tantas quantos os jogadores intervenientes. A ordem para cada jogador jogar, era também a distância a que ficavam da linha traçada no chão. Começava-se sempre no território ao lado, fosse da direita ou da esquerda.

    Por cada espetadela, traçava-se uma linha conforme a inclinação do espeto. O anexado escolhia a parte restante e saía do jogo quando no seu território já não lhe cabia um pé. Por sua vez o jogador quando perdia, apagava todo o território conquistado, retornando à fase inicial. Ganhava quem conquistava o Mundo todo.

    Hoje os jovens têm outras motivações e, já ninguém joga o Ferrinho, tanto mais, porque a aldeia também está quase toda asfaltada e, faltará espaço de terra que sirvam de local de jogo. Destes jogos o das Nações era o mais aliciante.

    Todos queriam ser uma grande potência, conscientes que só essas podiam anexar as outras. Só que agora essa conquista não se faz territorialmente mas por outras vias como a financeira.

     

    Nuno Santos

    Ronaldo ou Messi? Hoje a não perder

    outeiroseco, 09.02.11

    Hoje, pelas 20h00 joga a nossa Selecção de Futebol com a da Argentina. Para além dos motivos de interesse que sempre estão associados a um jogo da selecção, mesmo sendo particular, estarão em campo os dois melhores jogadores do mundo. Quem irá jogar a melhor nível? Esperamos que seja Ronaldo e  Portugal saia com um resultado honroso.

    Feira dos sabores & saberes de Chaves 2011

    outeiroseco, 05.02.11

    Realiza-se, neste fim-de-semana a feira dos Sabores e Saberes, evento que se vem repetindo. Uma organização da Câmara Municipal de Chaves  realiza-se no pavilhão Municipal, repleto de stands que ocupam a  totalidade dos espaços e um palco onde decorre animação. No exterior existe uma tenda destinada a servir refeições.
    No pavilhão a predominância de fumeiro, mas outros produtos gastronómicos da região ai se encontram com destaque para o pastel de Chaves, pão centeio e folar. Paralelamente outros stands mostram o artesanato regional e nacional. No palco desfilam diversos grupos musicais, com destaque para os ranchos folclóricos.
    Merece uma visita para ver, provar e se possível trazer alguma recordação.
    O Blogue esteve lá e gostou de ver o pavilhão repleto e muita gente a efectuar compras...bom sinal. Bom proveito.

    Parabéns SLB. A 2ª mão é só a 20 de Abril

    outeiroseco, 03.02.11

    Lá estivemos e não gostamos do que vimos...mau espectáculo.

    Ganhou o que soube aproveitar melhor as oportunidades.

    Mas ouçamos dois ferranhos adeptos

    "O Benfica ganha por 2-0: das palavras mais bonitas da língua portuguesa" Miguel Esteves Cardodo.
    "Moutinho a menos e Maicon a mais. De resto, as ostras estavm magníficas" Francisco José Viegas
    A taça é assim...surpresas...segunda volta..tudo está em aberto.

    Pág. 1/2