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Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Chapéus para todos os gostos, feito por alunos

outeiroseco, 29.05.11
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Numa visita à Escola Dr.  Francisco G. Carneiro, cujo Director da Escola é o nosso conterrâneo e amigo Fernando Dias deparei com esta belíssima exposição de chapéus. É uma prova que as aprendizagens se fazem e cujo resultado é partilhado com a restante comunidade. Parabéns aos participantes.
Para além da poderem admirar todos os chapéus decorados, diga-nos de qual gostou mais? Participe e habilita-se a um ovinho kinder que tem dentro sempre uma bela surpresa.
Bom Domingo para todos...e uma boa semana.

Faleceram dois amigos e conterrâneos - Herculano e Henrique

outeiroseco, 26.05.11
 

 

 

 

 

A foto do Herculano foi gentilmente enviada por Dª Isabel/Jacinto, via Carlos Xavier.

Tivemos, hoje, a triste notícia do falecimento de dois amigos e conterrâneos - Herculano Batista e Henrique Martins, vítimas de doença prolongada.
O Herculano, há muitos anos radicado em França, foi um amigo de brincadeiras de infância e pela proximidade das nossas residências nos permitia uma relação constante e muito afável (se nos puderem enviar uma fotografia do Herculano, agradecemos.) O Henrique, um homem de porte atlético invejável, mantinha com todos uma boa relação de amizade, pela sua honestidade e humildade. O funeral do Herculano será em França e do Henrique realizar-se-á amanha, pelas 15h30. O corpo encontra-se na Igreja Nª Srª da Azinheira.

A ambos, que a morte os levou muito cedo, os sentidos pêsames pessoais e deste Blogue, assim como a toda a família enlutada, em especial à mãe, esposa, filhos e irmãos.
Que descansem em paz.

 

O roubo da boina

outeiroseco, 25.05.11

O cruzamento das Japoneiras é no tocante a histórias relacionadas como o fantástico, um dos lugares mais míticos de Outeiro Seco. Foram vários os protagonistas que ali já vivenciaram situações, algumas perduram no nosso anedotário. Entre muitas falemos hoje de uma, vivenciada por Manuel dos Anjos, mais conhecido por Carloto, que, apesar de não ter visto o diabo, sentiu-lhe ali nas Japoneiras, a mão e o bafo.

O caso passou-se quando ainda não havia luz eléctrica, e de inverno a Bagoeira, era um dos piores caminhos da aldeia. A bem dizer, era onde desaguava toda a água que vinha da serrinha. Por essa altura, a passagem a pé nesse local, fazia-se por uma espécie de tombarão ou calçada, junto á eira do Zé Regalia.

O Regalia como todos se recordam, era um homem de espírito folião, danado para a brincadeira. Apercebendo-se que o Carloto e a mulher, estavam em casa da mãe, a tia Carlota sua vizinha, magicou pregar-lhe um valente susto, aproveitando-se do mal afamado lugar, e da noite escura como o breu.

Posicionou-se então na sua eira, junto à parede, escondendo-se entre as ramagens da figueira, ainda existente no local. Quando o casal passou junto à parede, primeiro a tia Júlia depois o Carloto, o Zé Regalia, rapou-lhe por trás a boina da cabeça.

Este com o susto saltou para o meio da lama e desatou a correr. A mulher surpreendida com tal gesto perguntou-lhe.

- Que foi homem? Que bicho te mordeu?

- Foi o diabo! Foi o diabo vivo, que me roubou a boina – disse o Carloto, fugindo a sete pés do cruzamento. A mulher sugestionada com a cena e com o local, seguiu-lhe as pisadas.

Dado o desconforto da situação, não comentaram o caso com ninguém, ficando apenas no seio do casal.

Foi só passado alguns dias, no largo do Tanque, onde os homens se reuniam nos curtos períodos de descanso, que o Zé Regalia disse para os outros.

- Perguntai pela boina ao Carloto!

Só aí o Carloto se apercebeu, que afinal o diabo se chamava Zé Regalia.  

 

Nuno Santos

 

 

Vai uma cereja? Eu dou música à passarada e resulta

outeiroseco, 22.05.11
 
 

A primavera dás-nos o privilégio dos campos floridos e o início das arvores com fruta. Depois dos morangos vêm as cerejas, um fruto muito delicioso e saudável. Mas a passarada não dá tréguas...por isso as tecnologias servem de guardadores do precioso produto. E olhem que resulta..haja paciência.
Bom fim de semana...mais logo temos a final da taça...divirtam-se que esta competição é uma festa. O ano anterior lá estávamos muitos outeirosecanos a torcer pelo nosso desportivo....

Mais 2 lindas peças para o museu Etnog Virtual O. Seco

outeiroseco, 21.05.11
 
 
 
 
 
 
 

Duas bonitas máquinas de costura muito antigas.
A 1ª é do João Santos cujas características são bem identificáveis e apenas precisaria de uma recuperação. Vem dos tempos da avó do João…portanto séc. XIX
A 2ª pertence à Lídia Moreira, com a colaboração da Leonor e veio com a seguinte descrição:
Peça: Máquina de Costura / Marca: Robina / Idade: Muito usada, mas preservada, /Actual proprietária: Lídia Moreiras / Características: Faz o ponto corrido apenas, trabalha a pedal.. /Material: Ferro.

 

Ora agora não podemos parar. Precisamos de mais “Membros Fundadores” (já temos mais alguns que anunciaremos quando tivermos um numero significativo).

Aguardamos a chegada de mais peças …já sabemos que estão a trabalhar no tema…agradecemos a Vª colaboração, a bem da nossa cultura genuína.

Muitos parabéns para a Tininha Ferrador

outeiroseco, 18.05.11
 

Hoje é aniversariante a nossa amiga e colaboradora Albertina Ferrador. Do administrador do Blogue e amigo, desejos de muitas felicidades e muitos anos de vida na companhia de familiares e amigos. Um bom dia para ti do cantinho da amizade.
Desculpa as fotos...foi o possível. Agradecer ao João que sempre nos lembra de coisas importantes.

Museu Etnográfico Virtual O. Seco - colaborações

outeiroseco, 15.05.11

É com enorme prazer que anuncio o 1º grupo de “Membros Fundadores” do Museu Etnográfico Virtual de Outeiro Seco.  São esperados mais membros. Recordo como obrigações fundamentais (1º - enviar fotografias e respectiva descrição de três ou mais peças utilizadas em O. Seco e que possam enquadrar-se num museu de etnografia; 2º fazer parte de uma Assembleia Geral que tome decisões relativas a assuntos deste projecto).

Por isso é muito fácil participar. Espero mais aderentes. É só enviar um email a dar o sim a este projecto.

Agradeço a boa vontade de todos que têm contribuído para que este projecto avance e se consolide.

Membros que já aderiam

Altino Rio

João Santos 

Nuno Santos/Celeste Chaves

Lurdes Figueiras

Leonor Moreira

Manuel Ferrador

Diamantina Rio/António Manuel

Carlos Xavier

Liliana Bernardo

Joana Serra

Carminda Chaves/Artur Moura

Albertina Ferrador

Ulisses Guerra

Joaquim Pipa

Joaquim Costa

Fernando Rio

Então depois da 1ª peça que apresentei, aqui vão mais duas.

Trata-se de dois livros que são propostos pelo amigo João Santos e pelo administrador do Blogue:

1º - “Casco do Auto da Paixão”, propriedade de herdeiros de António Pereira  Rio e contém o conteúdo do Auto da Paixão, realizado em 1946 – edição única. Proponente João Santos

2º Livro  “Crescem pães pelos outeiros” , de Herculano Pombo e Altino Rio, de 1994, 113 páginas e formato  17x23 cm, conta histórias do centeio desde a sementeira ao pão cozido no formo -  edição esgotada – Proponente Altino Rio

Santo Tirso…Santo Tirso...Santo Tirso…

outeiroseco, 11.05.11

 No seu percurso de vida, Augusto dos Santos foi entre muitas outras coisas, intermediário de um comerciante de batata, chamado Avelino. Era dos lados de Santo Tirso, mais propriamente de S. Romão de Conronado (terra onde se fabricavam as malhadeiras), agora pertencente ao recém concelho da Trofa.

Por conta do Avelino “batateiro” assim conhecido, o Augusto, comprou durante alguns anos quase toda a produção de batata na aldeia, que era depois vendida na região do Porto.

Honra lhe seja feita, o Avelino, pagava sempre na hora e, em dinheiro vivo, porque no dia do arranque, havia sempre alguém da casa que era bom de contas, ou não fosse a nossa aldeia, uma terra de estudantes.

Mas como tudo na vida é dinâmico e os negócios ainda mais. Infelizmente os negócios do Avelino começaram a descambar, de tal modo, que não pagou o último carregamento de batatas nem aparecia na aldeia.

Ora o Augusto, na qualidade de seu angariador e intermediário, sentia-se cúmplice com este incumprimento perante os lavradores, e decidiu ir ele próprio a S. Romão, procurar o Avelino.

Este recebeu-o muito bem, e depois das suas justificações, como o Augusto já não tinha meios de regressar nesse dia, deu-lhe pousada em sua casa, instalando-o para dormir num sofá na sala.

O Augusto deitar deitou-se, contudo não conseguiu pregar olho. Durante toda a noite, ouvia uma voz não sabendo donde, que lhe dizia. - “Santo Tirso, Santo Tirso, Santo Tirso, Santo Tirso”.

Só quando o dia aclareou, o Augusto descobriu que, quem falou com ele durante a noite, foi um grande relógio de parede.    

Nuno Santos

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