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Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Outeiro Seco, Tradição e Modernidade

Aldeia transmontana

Excursão de outros tempos

outeiroseco, 31.07.12

Esteja em trabalho ou já de merecidas férias um grande abraço de amizade a todos que animam este cantinho da amizade… desculpem um destaque especial para o João Jacinto, que nos tem enriquecido com as suas lembranças e recolhas… bem haja amigo.

Hoje trazemos uma imagem das muitas excursões que se faziam, em tempos, de um ou mais dias e que muitas pessoas já não estão entre nós.

Não haverá nenhum episódio pitoresco para contar.

Concentração Motard animou a cidade

outeiroseco, 29.07.12
 
  
  

Decorreu, neste fim de semana, em Chaves, a tradicional concentração motard, na sua XI edição, ao que se sabe muito concorrida e animada. As fotos foram enviadas gentilmente pelo amigo João Santos…Por certo terá outras tb bem interessantes, mas ou por acanhamento ou “censura” não mas enviou. Já participei na organizei desse evento e bem sei o que por lá se passa… ficará para uma próxima vez … ficamo-nos pelo cartaz.

Jogos olímpicos..espetáculo maravilhoso

outeiroseco, 28.07.12
 
  
  

Ontem realizou-se a cerimónia de abertura dos jogos olímpicos. Contou-se parte da história do País de uma forma soberba. No final a nossa equipa desfilou… muita ambição e esperança. Força portugueses.. deão tudo para levantar bem alto o nosso orgulho e contribuir para a felicidade de todos.
Aprendemos muito com o espetáculo...espero que o nosso evento do dia 1 de setembro, em O. Seco,  esteja à altura deste espetáculo ahahahah.
Bom fim de semana e boas férias quem estiver no gozo delas, com muita saúde e amor

A Comissão de festas já está a trabalhar

outeiroseco, 23.07.12
 

A Comissão de festas dos casados já está constituída e já deram início aos trabalhos. É constituída pelos seguintes elementos:

Adelino José Chaves

Carlos Alberto Xavier

 

Carlos Joaquim Chaves
Carlos Manuel Gonçalves

 

Francisco Pipa

 

José Carlos Costa

As dificuldades vão continuar a ser muitas, pela grave crise que as famílias e empresas atravessam, mas estou certo que o programa vai continuar a dignificar o bom nome de Outeiro Seco, com uma grandiosa festa a gosto dos residentes e de todos que nos visitam. Parabéns aos corajosos e desejos de muitas felicidades. Oportunamente informaremos da comissão dos solteiros.

Que bela punheta de Bacalhau

outeiroseco, 19.07.12
 

A CUF e a SAPEC concorrentes nos diversos produtos que fabricavam e comercializavam, em Chaves basicamente só vendiam adubo. Essa feroz concorrência começava logo junto do governo, pela concessão das minas onde extraíam as pirites com que fabricavam depois os adubos.

Na província essa concorrência era diluída, estando mesmo condenados a viver paredes meias, por causa da forma como o produto era transportado, em vagões do comboio. Logo, tinham de se instalar o mais próximo possível da estação dos comboios.

  A CUF – Companhia União Fabril, era o maior grupo económico português antes do 25 de Abril, fora fundado nos finais do século XIX, por Alfredo da Silva, avô dos actuais donos do Grupo Mello, e tinha as suas fábricas no Barreiro e em Estarreja.

 A SAPEC, fundada pelo belga Antoine Velges, e mais tarde administrada pelo seu filho, Frederic Velges, tinha as suas minas na zona de Grândola, e as fábricas em Setúbal.

Em Chaves estavam sedeadas paredes meias, na avenida do Stadium, agora representadas por uma única empresa a Lusadúbal. Ora a CP não transportava só o adubo destas duas empresas, abastecia todo o mercado local, nomeadamente, os Armazéns Silva e Mocho, recebendo regularmente toda a gama de produtos, entre os quais, os fardos de bacalhau.

Um dia os carregadores da SAPEC que, se moviam nas instalações da CP, como se tivessem livre-trânsito, vendo num dos vagões, uns fardos de bacalhau já vistoriados pelo Sr. Paulo, uma espécie de fiel de armazém da CP, decidem entre eles retirar umas quantas folhas.

Foi o Iscas o mais resolvido, que, rapando da navalha, fez um golpe num dos sacos, retirando quatro folhas do fiel amigo, o qual mergulharam depois num bidon com água, ficando ali de molho.

Quando o funcionário do Silva e Môcho foi levantar a mercadoria, apercebeu-se da anomalia, e apresentou queixa ao Sr. Paulo, ficando muito aflito, pois não se tinha apercebido de nenhuma anormalidade, quando vistoriou a carga.

Disse-lhe que apresentasse o caso à gerência, e que ele arcaria com as consequências, caso as houvesse.

Passados uns dias quando os carregadores acharam que o bacalhau estava no ponto, pediram uma grande travessa na taberna do Russo, para onde desfiaram o bacalhau, puseram-lhe bastante cebola e regaram-no bem com azeite.

Mas não deixaram de avisar o Sr. Paulo da CP, de que nesse dia, lá para as quatro da tarde, tinham um belo petisco. Ora o Sr. Paulo era um lambeiro, e estava sempre disponível para os petiscos, de modo que à hora marcada lá apareceu.

Com a mesa posta em cima dos sacos, o Sr. Paulo deliciado com o petisco só dizia -Que bela punheta de bacalhau! Que bela punheta de bacalhau!

Foi então que se lhe fez luz, e disse.

- Hã! Não me digam que este bacalhau é o que faltou ao Silva e Môcho?

O grupo desatou numa gargalhada, o Sr. Paulo ficou por alguns momentos constrangido, mas como também não sofrera qualquer consequência, só rematou.

Malandros! Mas olhai que me soube bem, estava uma bela punheta.    

Nuno Santos

1 de Setembro.. vais ao solar dos Montalvões?

outeiroseco, 17.07.12
 
  

Estamos a preparar uma noite inesquecível para o dia 1 de Setembro... o programa ainda não está completo… mas prepare um disfarce ou um adereço se quer entrar. Vai acontecer de tudo... as fantasias e os desassossegos vão acontecer.
Então reserve esse dia para entrar no Solar e vamos espantar os espíritos que andem soltos por lá...

Dê-nos ideias para o nome desse evento… “Noite das fantasias e desassossegos” e outras mais?

 

Vamos dando notícias

O Iscas

outeiroseco, 11.07.12
 

O Iscas era um carregador de sacos de adubo, no armazém do Américo Teixeira, no tempo em que não havia ainda tapetes rolantes. O transporte dos sacos fazia-se dos vagões da CP para o armazém, e deste para as viaturas dos clientes por homens, carregando-os às costas.

O seu nome de batismo era António Monteiro, natural de Sapiãos, e chegou a ter mais três irmãos como colegas neste duro ofício. Duro só para alguns porque o Iscas fazia isso, como quem bebe um copo de água. Aliás, custava-lhe mais beber um copo da água, por isso ele e os companheiros, faziam durante o dia várias visitas à taberna do Ruço, ou do Farragacho, como que para meter combustível. Na década de sessenta, com a mudança do campo da feira do Tabolado, para a proximidade dos Fortes, as tabernas tinham-se também instalado nestas redondezas. 

Tal era a sua valentia que, um dia, apostou em como carregava de uma só vez, seis sacos de Nitrolusal, totalizando trezentos quilos, do vagão do comboio à pilha do armazém. Conta quem assistiu que, só lhe tremeram as pernas, quando teve de subir a tábua para os despejar na rima.

O Iscas era umas pintas, tinha vindo da tropa havia pouco tempo, e estava em idade de casar, armando-se em engatatão perante os colegas. Foi por isso o António Marrão chefe do armazém, em conluio com o Aurélio Dias funcionário do escritório, combinam pregar-lhe uma partida.

O Marrão foi à taberna do Ruço que já tinha telefone, e pede à telefonista para ligar ao 339, o número do armazém do Américo Teixeira. Na época os telefones não eram directos, e tinham de passar pelo PBX da central dos CTT.

O Aurélio atende o telefone, e avisa o Iscas de que tinha uma chamada para ele. Este muito admirado pelo inusitado da situação, pergunta ao Aurélio quem era, dizendo-lhe apenas que era uma senhora.

De peito feito o Iscas pega no telefone e pergunta quem era. Do outro lado o Marrão, imitando uma voz feminina inventa um diálogo, que do lado de cá só ouvem o Iscas dizer.

- Evidentemente, na certeza porém, na razão de quê!

O Marrão com a sua voz maviosa, convenceu o Iscas a marcar um encontro junto ao Monumento, dizendo-lhe que levava uma rosa ao peito, para melhor a identificar.

Os colegas questionam o Iscas sobre o telefonema, mas este só lhes diz que era uma mulher que andava caidinha por ele, e marcara um encontro para o fim de semana seguinte. No dia anterior os colegas diziam para o Iscas.

- Eh pá tu vê lá! Amanhã tens que te aperaltar.

- Não há problemas, esta já está no papo- dizia o Iscas.

No fim de semana à hora marcada, de barba bem feita e bem penteado, lá estava o Iscas junto ao monumento, só que da mulher com a rosa ao peito nem sinais.

Quando na manhã seguinte os autores da patranha lhe perguntam.

- Então Iscas! Identificaste a mulher?

- Claro! Nem precisei da rosa para nada, quando a vi ao longe soube logo quem era.

E por mais que Marrão dissesse que era um grande mentiroso, porque fora ele quem fizera o telefonema. O Iscas nunca se desmanchou, afirmando que o encontro se realizara, e que a mulher era uma das suas conquistas.    

 Nuno Santos

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